O Haiti enfrenta uma grave crise humanitária com mais de 700.000 pessoas deslocadas internamente, sendo mais da metade delas crianças, segundo um recente relatório da Organização Internacional para as Migrações (OIM). A situação piorou significativamente, com um aumento de 22% no número de deslocados desde junho, exacerbada pela violência de gangues que forçou mais de 110.000 pessoas a abandonarem suas casas nos últimos sete meses, especialmente em áreas como Gressier, a oeste da capital.
A região do Grande Sul abriga 45% dos deslocados, enquanto o restante está distribuído em várias províncias e na capital, Porto Príncipe, onde as condições são especialmente precárias. A maioria dos deslocados se refugia em casas de famílias anfitriãs, o que exerce uma enorme pressão sobre os recursos locais, com relatos de escassez de alimentos, serviços de saúde sobrecarregados e falta geral de suprimentos essenciais.
A OIM fez um apelo urgente à comunidade internacional para aumentar o apoio e os esforços para restabelecer a segurança no país. Apesar das dificuldades de acesso a muitas áreas, especialmente na zona metropolitana de Porto Príncipe, a agência trabalha com parceiros para garantir que a ajuda humanitária chegue aos que mais precisam. Além disso, estão em andamento esforços internacionais para reforçar a Polícia Nacional do Haiti, com o envio de contingentes policiais de vários países para combater a violência das gangues.
Essa situação destaca a necessidade urgente de assistência contínua e de encontrar soluções de longo prazo para os deslocados no Haiti, enquanto se trabalha para restaurar a estabilidade e a segurança em todo o país. A OIM, junto com o Governo do Haiti e parceiros internacionais, está comprometida em fornecer ajuda vital e buscar essas soluções duradouras para aliviar o sofrimento dos afetados.
03/10/2024.