O governo de Ruanda confirmou recentemente um total de 26 casos e seis falecimentos atribuídos ao vírus de Marburgo, após anunciar um surto da doença no país. Este vírus, que provoca uma febre hemorrágica severa semelhante à causada pelo ebola, foi detectado inicialmente em alguns centros médicos ruandeses, conforme informa a OMS e a SWI.
Até o momento, vinte dos infectados estão em isolamento recebendo tratamento, segundo as últimas atualizações do Ministério da Saúde de Ruanda. Essa situação levou as autoridades sanitárias a intensificar as medidas de prevenção e controle, incluindo rigorosa higiene e a evitação de contato próximo com indivíduos que apresentem sintomas como febre alta, dor de cabeça intensa, dores musculares, náuseas e diarreia.
O Ministério também está trabalhando ativamente no rastreamento de contatos e realizando testes diagnósticos para conter a propagação do vírus. Além disso, as medidas preventivas foram reforçadas em todos os centros de saúde do país.
O vírus de Marburgo faz parte da mesma família que o ébola, sendo ambos conhecidos por causarem febres hemorrágicas virais altamente infecciosas e potencialmente mortais. A África já testemunhou vários surtos de Marburgo no passado, incluindo episódios recentes na Guiné Equatorial e na Tanzânia.
O vírus é transmitido aos humanos por meio de morcegos da fruta e pode se espalhar entre pessoas através do contato direto com fluidos corporais como sangue, saliva, vômitos ou urina. Com um período de incubação que varia de 2 a 21 dias e uma taxa de mortalidade que pode chegar até 88%, o vírus de Marburgo é excepcionalmente letal.
Até a data, não existe uma vacina ou tratamento específico para a doença, que foi identificada pela primeira vez na cidade de Marburgo, na Alemanha, em 1967, quando vários técnicos de laboratório se infectaram ao investigar macacos importados de Uganda.
30/09/2024