O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, afirmou que tomará posse como mandatário de seu país no próximo dia 10 de janeiro. Segundo um vídeo de sua apresentação pública divulgado pela ABC, o mandatário venezuelano rejeitou a ideia de que a oposição assumirá o governo e insistiu que ele é o vencedor das eleições, que o designam como governante para o período de 2025 a 2030.
Além disso, Maduro informou que a líder opositora Maria Corina Machado está se preparando para sair da Venezuela e a chamou de covarde. Enquanto isso, a oposição reclama sua vitória com mais de 83% das atas a seu favor, de acordo com testemunhas e membros de mesa.
O Conselho Nacional Eleitoral (CNE) proclamou Maduro como o vencedor das eleições realizadas em julho passado, apesar de se recusar a publicar as atas, conforme solicitado pela comunidade internacional, dada a dúvida gerada em torno do processo eleitoral venezuelano. Além disso, cabe lembrar que o líder da oposição, Edmundo González, está exilado na Espanha, de onde reclama sua vitória.
Nesta semana, durante a Assembleia Geral da ONU, os EUA, Espanha e outros países apelaram à urgência de renovar a paz democrática na Venezuela. Maduro respondeu com um reforço de seu exército diante do temor de uma possível intervenção internacional. Ao mesmo tempo, suspendeu todos os voos diretos entre Venezuela e Chile, após declarações do presidente chileno na ONU que o acusam de ter se apropriado das eleições de forma irregular.
A líder da oposição na Venezuela, Maria Corina Machado, afirmou à BBC que é um triunfo ter «transformado a Venezuela em uma causa mundial». Machado vive na clandestinidade para evitar ser presa, pois há um mandado de prisão contra ela. É importante lembrar que, desde as eleições de julho passado, a polícia venezuelana deteve cerca de 2.000 opositores, sendo que a maioria de seus destinos e condições são desconhecidos.
29/09/2024