Chefe da diplomacia chinesa parabenizou Nicolás Maduro pela sua reeleição, em desacordo com a União Europeia, que não aceita os resultados das eleições de 28 de julho.O ministro chinês dos Negócios Estrangeiros, Wang Yi, afirmou nesta terça-feira que a China continuará a apoiar a Venezuela na defesa de sua “soberania e dignidade nacional”, independentemente das mudanças no cenário internacional.
“A China e a Venezuela são bons amigos e parceiros, e, independentemente das mudanças nas circunstâncias internacionais, a China continuará a apoiar a Venezuela na defesa de sua soberania e dignidade nacional, além do desenvolvimento econômico e social do país”, afirmou Wang durante uma reunião em Nova Iorque com seu homólogo venezuelano, Yván Gil, conforme comunicado do ministério dos Negócios Estrangeiros chinês.
Wang transmitiu as saudações do presidente chinês, Xi Jinping, e parabenizou Nicolás Maduro pela reeleição, uma posição que contrasta com a da União Europeia (UE), que reiterou que não reconhece a legitimidade do presidente venezuelano, segundo Josep Borrell, Alto Representante da UE para os Negócios Estrangeiros. Essas declarações reafirmam a posição da UE após o Parlamento Europeu ter aprovado uma resolução não vinculativa reconhecendo Edmundo González como o legítimo vencedor das eleições venezuelanas de 28 de julho.
“O povo venezuelano vai unir-se e superar os desafios, alcançando novos sucessos no desenvolvimento do país”, disse o ministro chinês.
Gil destacou que, no ano passado, os presidentes da Venezuela e da China elevaram suas relações a uma “parceria estratégica infalível” e que este ano celebram o 50.º aniversário de suas relações diplomáticas, um “momento-chave” na história bilateral.
De acordo com o ministro venezuelano, a Venezuela é “o parceiro mais confiável da China”, comprometida em fortalecer ainda mais a cooperação em benefício mútuo.
A visita de Wang aos Estados Unidos faz parte de sua participação na 79ª Assembleia Geral das Nações Unidas, onde representará a China e buscará apoio do Sul Global em meio a tensões com o Ocidente.
O ministro, que ficará em Nova Iorque até 28 de setembro como enviado especial de Xi, também participará do debate de alto nível do Conselho de Segurança e se reunirá com seus pares do G20 e dos BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, além do Egito, Irã, Emirados Árabes Unidos, Arábia Saudita e Etiópia).
24/09/2024